quarta-feira, outubro 25, 2006

Escola Estratégica Configuracional

Chegamos ao fim da jornada, na Escola Configuracional a décima e última das Escolas do Pensamento Estratégico, onde os processos de formação da estratégia nascem em função do conjunto de forças que configuram um estado de “estar” da organização ao invés de um estado de “ser”, como nas outras escolas.
Para entendermos melhor as forças que moldam as configurações vamos analisá-las sob as perspectivas das:
1. Forças internas estruturantes: como os processos, tecnologia, conhecimento...
2. Forças internas de pressão: o conjunto de núcleos funcionais.
3. Forças ambientais: agentes de governança diretiva, de pressão e de controle (órgãos reguladores e fiscalizadores, mercado, sociedade ...
4. A combinação dessas forças formando configurações conceituais distintas.
Assim, a formação de estratégias surge como plano deliberado – consenso entre forças de poder (técnica ou de liderança) para o estabelecimento de padrões de comportamento ou de um plano emergente no qual a formação da estratégia é orientada pelos padrões e são entendidas como produto do estágio que se encontra a organização.
Num ambiente de mudanças a formulação da estratégia é ditada pelos conflitos decorrentes deste processo; já, em clima de estabilidade, as estratégias espelham a força dominante, seja ela de poder, processual, cognitiva, cultural, etc.
Premissas
Não existem premissas estabelecidas visto ser uma escola virtual, só existe na concepção de estudiosos ou consultores e também, por não existir uma força determinante que norteie a organização e consequentemente, a orientação na formação de estratégias.
Considerações
Esta Escola é eminentemente conceitual, posto que não vê a organização como resultante de um conjunto de elementos que se estruturam na formação de um sistema, cujo modelo possa ser definido por um desses elementos que assuma preponderância sobre os demais, caracterizando e individualizando as diversas formas de organização e sim, derivada da configuração constituída nos estágios de evolução (ciclo vida) ou por eventos em curso como os processos evolucionários de mudanças (incremental / quântica) ou ainda, por pressões externas motivadas por ambiente instável decorrente de mudanças indutoras de transformação ou que provoquem impacto (ordem política, econômica, de regulamentação...).
Aqui, encerro esta séria de artigos sobre as Escolas do Pensamento Estratégico, pedindo desculpas por equívocos cometidos e agradecendo à todos que me acompanharam e prestigiaram nesta empreitada, prometendo voltar breve para falarmos de planejamento estratégico.
Quero agradecer também aos leitores que gostam de atribuir notas no anonimato e dizer-lhes que este procedimento, pouco ou nada contribui no processo; prefiro um comentário, mesmo que destrutivo, pois “... quando partilho conhecimento, ele se desenvolve e valoriza, quem aceita o que digo não me ajuda a crescer, somente aqueles que me corrigem me propiciam chegar onde almejo” (Anônimo).